23 maio, 2016

Essenciais para um Festival

E o Rock in Rio está a começar. Este ano, vou pela primeira vez. Sabem que sou forte em festivais, mas nunca tinha calhado ir ao RiR, ou por motivos de trabalho, ou pessoais, ou mesmo por outro motivos. Tenho dentro de mim uma vertente de festivaleira ao mais alto nível, apesar de não me agradar estar junto de grandes multidões. Este ano penso que será o cartaz mais fraco de sempre, mas como nunca tinha ido ao RiR resolvi este ano aproveitar a promoção do continente e lá ir eu a caminho da Bela Vista, tirar o pé do chão com a Ivetinha pela 54268 vez e ver o giraço do Adam Levine. E além do mais, nos festivais há sempre um conjunto de atividades que gosto sempre de fazer.
Mas para que tudo corra bem, e porque são muitas horas de pé, há que levar sempre alguns essenciais:

Mochila
Todos os essenciais avo dentro da mochila. é a melhor maneira de garantir de que as minhas maos estão livre para fotografar e filmar à vontade. Não encorno acessório mais útil num festival, que em permita também andar aos saltos descansadinha da minha vida, e com uma mochila sinto-me mais livre e solta.



Ténis
Meus amores, aqui o conforto é a palavra chave. Se há coisa que não entendo é como que é que alguém consegue ir para um festival de salto alto, a sério que não consigo. Os festivais de verão são locais para andarmos de um lado para o outro, a ver actividades e andar aos pulos e a cantar e a dançar. Por favor, levem calçado confortável para garantir de que, passado meia hora, não arrumaram as botas e estão encostadas a um canto por já não sentirem os pézinhos.

Protector sol
Como as portas do festival abrem às 16h, e até às 20h ainda há sol, é muito importante irmos reforçando a proteçao solar.



Power Bank
Como vai tudo a andar a filmar e a tirar selfies, a bateria do Iphone  deve acabar num instante (Porra que as baterias dos Iphone vão logo em menos de nada). Para ressalvar qualquer emergência e falta de bateria, a power bank é um dos meus essenciais nestes eventos.

Casaco
Sim, casaco. Se durante o dia, podemos apanhar bastante sol e calor, assim que a luz acaba, o frio instala-se em menos de nada. Já passei muito frio em festivais, por isso mesmo, agora não dispnso um casaco/sweat.


Óculos de Sol
Há que proteger a vista, e isso implica andar com uns oculos de sol com umas boas lentes. Caso contrário, só forçamos a vista, e ainda perdemos parte dos concertos.



Snacks
Para os festivais podemos levar pequenos snacks para dentro do recinto, e assim podemos evitar mais gastos e perder tempo nas filas.



E agora... o que NÃO podem levar para os Festivais, seja Rock in Rio ou outra festival (Que no fundo são todos os objectos que representem riscos à segurança):

  • Garrafas
  • Latas
  • Capacetes
  • Animais
  • Armas de fogo
  • "Selfie Sticks"
  • Comida e bebida em grandes quantidades que não seja para consumo próprio 




18 maio, 2016

Nespresso Gourmet Weeks - Largo do Paço

Como já vos tinha referido aqui, estive e estou cheia de trabalho devido à Nespresso Gourmet Weeks. A Nespresso organiza pela 2ª vez o seu festival gastronómico, Nespresso Gourmet Weeks, que junta alguns dos principais chefs nacionais em jantares a 4 mãos, em que o mote gira, como é obvio, em torno do café. Com cerca de 8 jantares, ao longo de quase 3 semanas, este evento percorreu Portugal d eNorte a Sul, os melhores restaurantes portugueses com estrelas Michelin, e eu tive a acompanhá-los a trabalho. Obviamente, que uns com mais trabalho do que outros, e em alguns tive a oportunidade de aproveitar o jantar. E deixem-me que vos diga, que eu não nasci para comer esta comida de ricos, raios parta o Foie Gras, e aquelas mariquices todas... Se calhar vão pensar de que estou a ser mal agradecida e que deveria ter aproveitado o jantar e não me queixar de ter tido a oportunidade de estar presente e fazer parte de jantares com chefs conceituados e em que cada jantar teve o preço de 100€ por pessoa. Mas a verdade é essa. Foram muitos jantares, e jantares pesados. Comer 8 pratos ao jantar, acompanhados de vinhos, em que estamos horas sentados, dá cabo de qualquer estômago. Enquanto estava nos jantar, só conseguia pensar num bom bife com ovo cavalo e batata frita ou então mesmo uma canja, pois era o que estômago me pedia. 
Como devem calcular, não consigo apresentar-vos todos os jantares, pois o trabalho nem sempre o permitiu, mas dos que tive oportunidade vou falar-vos um bocadinho...



O primeiro jantar, aconteceu a 29 de Abril, no Largo do Paço, restaurante do Hotel Casa da Calçada em Amarante, onde o jovem chef residente André Silva, como chefe anfitrião, e com o também jovem chef João Oliveira, do Hotel Bela Vista em Portimão como chefe convidado, que nos últimos tempos tem reunido aplausos de unanimidade junto da critica portuguesa, com um trabalho que vê certamente uma estrela no seu horizonte. 


A recepção dos convidados foi realizada no magnifico terraço do Hotel, com uma vista lindíssima para o Rio Tamega e a famosa Igreja de São Gonçalo (como Amarante é linda, possas). Com o pôr do sol ao entardecer, o welcome drink não podia ter corrido melhor. Foram servidas maravilhosas entradas, dando uma experiência única aos convidados, não só pelo local, pela vista e obviamente pela experiência gastronómica. Foram vários os aperitivos, entre os quais: cones com tártaros de peixe, mini burguers de língua de vaca e foie, petingas com ovas de sardinha e molho césar, os principais destaque foram a espuma de ouriço, com zamburinha e carabineiro, e o lingueirão com percebes e ikura. Dois snacks bem distintos, mas unidos pela intensidade e explosão de saber do mar, que facilmente caiem nas graças de qualquer um. 





Já na sala, e após o welcome drink, foi-nos servido o pão da casa, onde se destava a focaccia, o azeite (o melhor azeite que provei) e manteiga (e provavelmente de ovas de arenque e algas). 
Seguiu-se, então, um festim de 8 pratos harmonizados com o café Nespresso, e também com vinho.
A harmonização com o café não serve propriamente para nos por a beber 8 ou 9 cafés num jantar, mas serve sobretudo para nos ajudar a perceber o lado mais sensorial, sentindo o aroma do café, que nos vai ajudar a encontrá-lo de melhor forma no prato. 



A primeira entrada foi dada pelo chef André Silva, que foi um excelente prato para dar inicio à refeição leve e elegante e ligeiramente marcado pelo café.

Salmão, gamba rosa, daicon melancia, caviar e Lungo Leggero
Calçada Terrior Alvarinho 2015


A segunda entrada foi dada pelo chef João Oliveira, que nos proporcionou um dos melhores momentos da noite, com um prato divinal. Um excelente equilíbrio entre a doçura do lagostim, e as notas de terra dos apontamentos, e o puré de couve flor. Tudo muito bem elevado pelas ovas, a salicórnia, e principalmente pela espuma do champanhe.

Lagostins, couve flor e champanhe, expresso Origin Brazil
Tiara 2014


Segue-se o prato de peixe, assinado pelo chef anfitrião, que nos serviu um robalo preparado com café, acompanhado pelo tagliateli e puré de cenoura. Um excelente prato!


  Pregado, cerefólio, alcachofra, funcho do mar, molho de peixe assado, Expresso Decafeinato
Calçada Vinhas Velhas 2012 



O prato de peixe, assinado pelo chef João Oliveira, foi outra aposta ganha. Serviu-nos um pregado assado, acompanhado de alcachofra. Delicioso, mais uma vez.
Robalo do mar, tagliateli de salsifi e cenoura asssada, Ristretto
Madrigal 2013, 100% Viognier da Quinta do Monte D`Oiro 


O primeiro prato de carne, foi a grande desilusão. Sem dúvida que foi o prato mais desinteressante e menos saboroso da noite. O chefe João Rodrigues, apresentou um duo de porco preto, presa e salsicha, em que a carne encontrava-se ainda crua. O prato acompanhou de sangue, blhcccc, e a carne só sabia a cominhos que eu tanto gosto (not). A sério que ainda não percebi qual a fixação que o pessoal do norte tem com os cominhos, a sério que não entendo. 

Presa de porco preto, capuchinhos, Lungo Descaffeinato
Dona Matilde Reserva 2008


O prato de carne do chefe André Silva, era borrego e os mais sensiveis podem ficar descansados pois este borrego a nada sabia daquele sabor intenso da carne de borrego, pois estava confeccionado maravilhosamente. Foi acompanhado da doçura do milho, e com algumas notas de alcachofra.

Borrego com molho de vinho tinto, Lungo Origin Guatemala, morchella suculenta, milho, alcachofra e pistáchio
Dona Maria Grande Reserva 2010


Por fim, damos inicio às sobremesas, sinal que o jantar está prestes a terminar (finalmente). Para iniciar o capitulo doçeiro, uma fusão clássica de café, caramelo e chocolate. Prato da autoria do chefe João Oliveira.

Caramelito, chocolate e amendoim salgado, Ristretto Intenso
Moscatel Roxo Excellent da Horácio Simões


O ultimo prato, foi o chefe André Silva serviu-nos mais uma combinação de sabores clássicos: nata, canela, maça e o café, claro. 
Pastel de nata, aguardente velha, canela e maçã, Expresso Forte
Graham´s Tawny


Para finalizar a longa refeição, sim porque foram 5 horas à mesa, não faltam os simpáticos petit fours, e todos eles de inspiração francesa.


Para quem é pobre como eu, e nunca terá a oportunidade de ir a este tipo de jantares, só posso ter considerações positivas. Podem pensar de que dou nota positiva por ter estar a trabalhar, mas não. A comida estava mesmo deliciosa e o serviço fantástico. No caso deste primeiro jantar, que juntou 2 dois mais jovens e promissores cozinheiros da nossa "1ª liga", o resultado superou completamente as minhas expectativas, em que conseguiram superar o desafio de harmonizar os pratos com café. 
Primeiro jantar check, venham os restantes!



16 maio, 2016

Nespresso Gourmet Weeks

Tenho andado cheia de trabalho, o motivo pelo qual tenho andado mais desaparecida e sem conseguir ter 2 minutos para descansar, e consequentemente para vir cá atualizar-vos de tudinho. E o motivo pelo qual ando cheia de trabalho é a Nespresso Gourmet Weeks.




A apresentação da 2ª edição da Nespresso Gourmet Weeks decorreu no lindíssimo Teatro Thalia, em Lisboa. Foram convidados oito dos mais conceituados chefes nacionais, para que criassem menus exclusivos em que o café é a estrela da refeição, basicamente para que o menu fosse harmonizado com o café Nespresso. Esta iniciativa começa já a 29 de Abril e durará até 19 de Maio, e onde percorrerá os melhores restaurantes de Lisboa, Porto e Algarve. 





André Silva, Henrique Sá Pessoa, Heinz Beck, Ricardo Costa, Tiago Bonito, Henrique Leis, Victor Matos e João Rodrigues são os chefes anfitriões mas não estarão sozinhos nesta iniciativa, sendo que vão receber nas suas cozinhas outros chefes convidados para, a quatro mãos, criarem um jantar exclusivo. 

Estas foram algumas das deliciosas propostas que foram apresentadas e degustadas:





O primeiro jantar, no dia 29 de Abril vai ser criado pelo Chefe André Silva, que recebe no Restaurante Largo do Paço – Casa da Calçada, Amarante, o Chefe João Oliveira (Bela Vista), Portimão.



14 maio, 2016

E viveram felizes para sempre (ou não).... #13

Frida Khalo e Diego Riviera

São dois nomes grandes da artes mexicanas e viveram uma história de amor conturbada.. Conheceram-se quando ela tinha 16 anos e ele 36, no colégio de San Ildefonso, onde ela estudava e ele foi pintar o mural La Creeción. Na altura Diego Riveira já era um pintor consagrado e um mulherengo inveterado, que ia no seu segundo casamento.  Em 1929, passados quatro anos de se terem conhecido, casaram-se, dez ano depois divorciam-se e voltaram a casar em 1940. Em comum tiveram a militância no partido comunista, o amor pelas artes e os casos extra conjugais. Foi um desses casos, o de Diego Riveira com a irmã da pintora, que despoletou o divórcio. Frida sentiu-se traída pela duas pessoas que mais amava no mundo. Mas Riviera também não via com via com bons olhos o relacionamentos da mulher com homens, embora incentivasse as relações que ela mantinha com mulheres. Apesar de todos estes contratempos ficaram juntos até à morte da artista, que num dos seus diários escreveu uma frase que sintetiza a difícil relação: "Diego, tive dois acidentes na minha vida: o autocarro e tu. E tu foste o pior deles".