22 fevereiro, 2015

Cinema em sessão dupla

Com o aproximar da noite dos Oscares, apercebi-me de estava atrasada no que diz respeito aos filmes. Por isso mesmo resolvi ontem r ao cinema em sessão dupla. Sim, deve achar que sou louca de ir ao cinema duas vezes no mesmo dia e sim.. vocês tê razão, foi mesmo de loucos!
Chegamos ao Vasco da Gama e compramos bilhetes para a Teoria de Tudo, que era às 21h50 e para o Jogo de Imitação que era em 40min mas nas Amoreiras. Foi logo apanhar o metro a correr e depois ir a pé do Saldanha até às Amoreiras (pois a linha amarelo estava parada... claro, só para ajudar) e como sabem a rua que liga o Marquês às Amoreiras não é nada inclinada nem nada! Sempre a correr contra o tempo, chegámos mesmo a hora, e a pedir uma botija de oxigénio. 
A primeira sessão era o Jogo de Imitação, filme que tinha curiosidade de ver, e que achava que se não visse antes dos Oscares já não ia ver. 


O Jogo da Imitação conta a historia de Alan Turing, matemático brilhante que durante a Segunda Guerra Mundial, liderava uma equipa que deram uma ajuda fundamental aos Aliados na descodificação do código Enigma, que era utilizado pelos nazis de forma a comunicar secretamente os planos de ataque. Alan Turing ajudou a vender a guerra decifrando o Enigma e inventou o primeiro computador.  
Apesar de todo o reconhecimento, a carreira de Alan Turing terminou abruptamente em 1952, depois de ter sido processado por atentado ao pudor, acusação que culminou numa condenação por homossexualidade, à época ilegal no Reino Unido. A 8 de Junho de 1954, dois anos depois de iniciar um tratamento com injecções de hormonas femininas que provocam castração química (que preferiu à prisão), Turing foi encontrado morto na sua própria casa. 


Terminado a primeira sessão de cinema, era altura de seguir outra vez para o Vasco da Gama. Graças a Deus que o regresso o caminho era a descer e o metro já estava a funcionar. 

Num instante chegamos ao nosso destino, e foi jantar e seguir novamente para outra sala de cinema e ver a Teoria de Tudo, que era o filme que mais tinha vontade de assistir e que de todos os nomeados para o Óscar despertava mais curiosidade em mim. Não só pela historia mas como ver através da perspectiva feminina. 


A Teoria de Tudo conta a extraordinária história de uma das mentes mais brilhantes dos nossos tempos, o reconhecido astrofísico Stephen Hawking. O filme começa no ano de 1963, quando Stephen Hawking era estudante de Física na conceituada Universidade de Oxford e está decidido a encontrar uma "simples, eloquente explicação" para o Universo. Nesta época, já depois de conhecer Jane Wilde, uma jovem estudante de Artes por quem se apaixona, é-lhe diagnosticada esclerose lateral amiotrófica, uma doença incurável e degenerativa que leva à perda permanente de movimento muscular. Os médicos não lhe dão mais de dois anos de esperança de vida. Com capacidades físicas a cada dia mais limitadas, casa com Jane, com quem vem a ter três filhos. Com a ajuda dela, supera os maiores obstáculos, sem nunca perder a vontade de viver nem a sua extraordinária capacidade de se assombrar com o Universo. 

Um filme dramático, que me emocionou bastante e me fez pensar na vida e no tempo que nos resta, e de como nunca sabemos o que nos espera. Mas também é um filme de força e de amor, pois independentemente de tudo o que aconteceu. Jane Hawking sempre se manteve forte e ao lado do seu marido! 

Na minha opinião, A Teoria de Tudo têm todos os elementos que a Academia adora, e que sem dúvida que é o meu favorito ao Óscar de Melhor Filme e de Melhor Actor. Mas como a Academia tem muitos interesse e politica na meio, penso que será o Jogo de Imitação a levar a estatueta para casa. 





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